O que é glaucoma?
O Glaucoma é uma doença que acomete o nervo óptico, que é responsável por levar informações do nosso olho ao nosso cérebro.
Tipos de glaucoma
Há vários tipos de glaucoma, acompanhe:
- Glaucoma primário de ângulo aberto: é o tipo mais comum. Dentre os fatores de risco podemos citar: história familiar, idade avançada, etnia negra, predisposição genética e espessura corneana mais fina. Frequentemente não apresenta sintomas, de modo que a doença só é percebida pelo paciente em estágio avançado, daí a importância da consulta de rotina para um diagnóstico e manejo precoce. A pressão intraocular sobe lentamente devido uma drenagem do liquido ocular menos eficiente que o normal. O nervo óptico é lesionado, provocando uma lenta, mas progressiva, perda da visão.
- Glaucoma de pressão normal: é uma forma de glaucoma em que ocorre dano ao nervo óptico, sem elevação da pressão intraocular a níveis superiores ao considerado normal. As causas deste tipo de glaucoma ainda são desconhecidas, porém, podemos destacar alguns fatores de risco, como: histórico familiar de glaucoma de pressão normal, descendência japonesa e pessoas com história de doença cardiovascular.
- Glaucoma de ângulo fechado: neste tipo, o ângulo entre a íris e a córnea é mais estreito do que o normal, o que dificulta a drenagem do líquido intraocular, causando aumento súbito da pressão dentro do olho. Os sintomas de glaucoma de ângulo fechado podem incluir dores de cabeça, dor nos olhos, náuseas, arco-íris em torno de luzes à noite e visão muito turva, de aparição intermitente.
- Glaucoma congênito: ocorre em bebês e geralmente é diagnosticado dentro do primeiro ano de vida. É considerada uma condição rara e que pode ser herdada ou causada pelo desenvolvimento incorreto do sistema de drenagem do olho durante a formação fetal. Isto conduz a uma pressão intraocular aumentada, que por sua vez danifica o nervo óptico. Os sintomas do glaucoma congênito incluem olhos aumentados, lacrimejamento excessivo, opacidade da córnea e fotossensibilidade.
- Glaucoma secundário: refere-se a qualquer caso de glaucoma em que outra doença causa ou contribui para aumento da pressão intraocular, resultando em dano do nervo óptico e perda de visão. Pode ocorrer como resultado de trauma ocular, inflamação, tumor, uso de medicamentos oculares ou sistêmicos, ou em casos avançados de catarata ou diabetes.
Sintomas do Glaucoma
Na maioria dos casos, o glaucoma progride lentamente, sem que o paciente se dê conta da perda gradual do campo de visão.
Alguns pacientes poderão ter sintomas oculares não bem definidos, como dor nos olhos ou ao redor deles e alteração da visão, com halos coloridos.
Exames para Diagnosticar Glaucoma
O aumento da pressão intraocular é o principal fator de risco do glaucoma.
Exame de Nervo Óptico (link para a página de exames) é um dos exames mais importantes para o diagnóstico do glaucoma. Mas podemos destacar outros:
Campimetria – O glaucoma não controlado leva progressivamente à perda de partes do campo de visão. O exame de campo visual serve para detectar essas perdas e observar se esses defeitos progridem com o tempo.
Paquimetria – Conhecer a espessura da córnea é importante porque ela pode alterar a medida correta da pressão intraocular. Uma espessura da córnea abaixo da média também é um fator de risco do glaucoma.
Retinografia – Através da retinografia, realiza-se o registro fotográfico da parte anterior do nervo óptico ou disco óptico. Essas fotos são importantes na detecção e análise de progressão da lesão glaucomatosa, além de acompanhar casos suspeitos de glaucoma.
Tratamento para o Glaucoma
Existem diversas formas de tratamento. O método mais comum é clínico, feito com uso de colírios e medicações específicos que diminuem a pressão ocular. Porém, se esse tratamento não for suficiente, existem opções cirúrgicas.
A cirurgia mais comum é a trabeculectomia. Nela, uma fístula é feita na parede do olho, funcionando como uma válvula para aliviar a pressão. Nos casos mais complexos, um tubo de drenagem é implantado para realizar a função de válvula.